Para salvar Marc de uma dívida, lutou com gigante Morholt da Irlanda. Ficou ferido mortalmente, e pediu ao rei que o colocasse sozinho em um barco com sua harpa, e que o deixasse morrer em mar aberto. Foi, então, encontrado no porto de Weisefort, terra de Morholt. Sem saber, Isolda, a Loura, curou-o de seus ferimentos. Ninguém o reconheceu, pois o ferimento deformou seu rosto, e antes que fosse reconhecido, foi embora, voltando para o rei Marc.
O rei não queria casar-se, para poder deixar tudo para Tristão, mas quatro barões, que não gostavam de Tristão, exigiam o casamento do rei. Então, ao pegar um fio de cabelo louro, mandou que buscassem a dona dele, e esta seria a sua esposa. Tristão, lembrando-se de Isolda, foi buscá-la.
No caminho às Cornualhas, Tristão e Isolda tomam uma poção que os faz ficar apaixonados (tal poção fora dada pela mãe de Isolda, aos cuidados de Brangien). E, era para ser tomada por Marc e Isolda na noite de núpcias, pois quem dela tomasse, amariam-se com todos os sentidos e pensamentos, para sempre, na vida e na morte. Isolda casa-se com o rei Marc, mas na noite de núpcias, Brangien toma seu lugar. Mas, os quatro barões invejosos desconfiam dos amantes, e contam ao rei, e mesmo sem nada flagrar, o rei manda Tristão embora. Este não consegue ir e hospeda-se perto do castelo, encontrando-se as escondidas com a rainha. Os barões percebem e contam ao rei o lugar e a hora do encontro. Marc vai até lá, mas os amantes percebem a sua presença, e com palavras sábias convencem o rei do contrário. O rei faz as pazes com Tristão e deixa que ele volte ao castelo. Mesmo assim, os barões insistem no fato, e dizem ao rei que este não vê porque não quer. Com a ajuda de Frocin,o anão vidente, flagram Tristão com a rainha em seu leito. Tristão, ainda assim, jura nunca ter amado a rainha com amor culpável, mas o rei não acredita, e manda matá-los, sem julgamento. Tristão, com a ajuda de Deus, consegue fugir e Isolda é entregue aos leprosos. Mas, Tristão consegue salvá-la e a leva para morar na floresta: eram fugitivos.
Isolda, para provar sua inocência perante a corte, faz um teste que consistia em segurar um ferro em brasa e sair com as mãos ilesas, depois do juramento. Ela passa. Depois disto, Tristão ainda não conseguiu ir embora, e toda a noite ia até um pinheiro, perto da janela da rainha, e cantava como um rouxinol, até que ela viesse ao seu encontro. Mas os barões desconfiam e ele tem de ir embora. Vai para Gales com Gorvenal, para as terras de Gilain. Esta fazia tudo para agradá-lo, mas era em vão. Então Gilain mostrou-lhe um cão mágico, Petit-Crû, que trazia preso no pescoço um guizo mágico que espantava todas as tristezas. Tristão pensou em Isolda, e quis dar-lhe o cão de presente, e para conseguir isto matou o gigante Organ. Mandou Petit-Crû para a rainha e ela recebeu como se fosse presente de sua mãe. Realmente o cão alegrou-a, mas não achou justo somente Tristão sofrer, e jogou o guizo em alto mar.
Tristão tentava fugir de sua dor correndo o mundo. E sem receber notícias de Isolda achou que ela o tinha esquecido. Chegou na Bretanha. Recuperou as terras do duque Höel, o qual tinha um filho, Kaherdin, e uma filha, Isolda, das Brancas Mãos, a qual o duque lhe deu a mão como recompensa. Num ímpeto, Tristão aceita, mas na noite de núpcias, ao ver o anel de jaspe verde, lembra-se da outra Isolda e não consuma o casamento. Kaherdin fica sabendo do fato e toma satisfações com ele, que conta toda a sua história. Isolda, a Loura, fica sabendo do casamento e chora.
Kaherdin perdoa Tristão e vai com ele até as Cornualhas, para obterem notícias de Isolda. Lá chegando manda uma mensagem para a rainha, através de Dimas. Esta, ao ver o anel de jaspe verde, fala com Dimas, que lhe conta que mesmo casado, Tristão nunca lhe traíra. Marcam um encontro na estrada, nos espinheiros. Tristão ao ver a rainha, assobia como um pássaro, esta reconhece o canto, e marca um encontro no castelo de Saint-Lubin. Mas, eis que, um escudeiro, chamado Bleheri, vê Kaherdin e Gorvenal, e confunde Kaherdin com Tristão, por causa do escudo. Chamou-o, mas estes assustados, fogem. O escudeiro conta o fato a rainha, que irritada e ofendida, manda desmarcar o encontro. Tristão tenta justificar-se, mas Isolda não acredita. Ele, então vai atrás dela, disfarçado de mendigo, e pede sua clemência. Isolda o reconhece, mas mando os empregados enxotá-lo. Tristão volta para a Bretanha desolado, e a rainha se arrepende.
Ao chegar, Isolda fica sabendo do ocorrido e vai até ele, deita-se junto a ele, beija-o na boca e no rosto, abraça-o forte e morre. Quando o rei Marc sabe da morte dos dois, vai até a Bretanha buscar seus corpos. Sepulta-os separados por uma capela. Mas durante a noite, da tumba de Tristão brota um espinheiro verde, com flores perfumadas e elevou-se por cima da capela até o túmulo de Isolda, três vezes o cortaram, três vezes ele voltou. E, sendo assim, resolveram deixá-los em paz.
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