terça-feira, 4 de outubro de 2011

PANTEÍSMO E PANDEÍSMO

O Panteísmo

Etimologicamente falando, o termo “panteísmo” deriva das palavras gregas pan (”tudo”) e teísmo (”crença em deus”), sustentando a idéia da crença em um Deus que está em tudo, ou à de muitos deuses representados pelos múltiplos elementos divinizados da natureza e do Universo.
Em diversas culturas panteístas, freqüentemente a idéia de um Deus que vive em tudo, complementa e coexiste pacificamente com o conceito de múltiplos deuses associados com os diversos elementos da natureza, sendo ambos, aspectos do Panteísmo.
A principal convicção é que Deus, ou força divina, está presente no mundo e permeia tudo o que nele existe. O divino também pode ser experimentado como algo impessoal, como a alma do mundo, ou um sistema do mundo. O Panteísmo costuma ser associado ao misticismo, no qual o objetivo do mortal é alcançar a união com o Divino.
O Panteísmo é também a linha filosófica que mais se aproxima da filosofia hermética do antigo Egito, em que o principal objetivo é fazer parte da conspiração universal (ou conspiração Cósmica).

Pandeísmo

Corrente religiosa sincrética (do grego: πάν (pan), “todo” e do latin deus, “deus”) proveniente da junção do Panteísmo (identidade de Deus com o Universo) com o Deísmo (O Deus criador do Universo não pode mais ser localizado, senão com base na razão), ou seja, a afirmação concomitante de que Deus precede o Universo, sendo o seu criador e, ao mesmo tempo, sua totalidade.
Como o Deísmo, faz uso de razão na religião, o Pandeísmo usa os argumentos cosmológico, teológico e outros aspectos da chamada “religião natural”. Tal uso se deu entre os disseminadores de sistemas filosóficos racionais, durante o século XIX. Também foi largamente empregado para identificar a expressão simultânea de todas as religiões.
Algumas mitologias, tais como a nórdica, sugerem que o mundo foi criado da substância corporal de uma deidade inativa, ou ser de capacidades similares; no exemplo citado, Odin, junto de seus irmãos Ve e Vili, derrotaram e mataram o gigante Ymir, e de sua carne fizeram a terra, dos cabelos, a vegetação, e assim por diante, criando o Mundo conhecido. Semelhantemente, a mitologia chinesa propugna a mesma estrutura, atribuindo a Pan Gu a criação dos elementos físicos que compõem o Mundo.
Modernamente, Thomas Paine, filósofo britânico, e o naturalista holandês Franz Wilhelm Junghuhn redimensionaram os conceitos sobre Deísmo e Panteísmo em suas obras, introduzindo-as na mentalidade contemporânea.
Em 2001, Scott Adams escreveu God’s Debris (Restos do Deus), que propõe um formulário de Pandeísmo.


Panacéia
Remédio que curaria todos os males. Panacéia faz parte da mitologia, pois descende de Asclépio, o deus da Medicina, simbolizando a cura universal.
Antigamente, os médicos, quando acabavam de se formar, faziam um juramento chamado de o Juramento de Hipócrates, muito comprido, que começava assim:
“Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue…”
Mais modernamente, entenderam que não fazia sentido jurar em nome de deuses gregos, e a fórmula mudou.
Esculápio era o deus romano da Medicina e da cura. Foi herdado diretamente da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades, mas um nome sutilmente diferente: Asclépio (”cortar”).
Segundo reza o mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte foi-lhe concedida a imortalidade, transformando-se na constelação Ofiúco. Dentre seus filhos, encontram-se Hígia e Telésforo.
Curiosamente, na província da Lusitânia, Esculápio era especialmente venerado, enquanto em Roma era considerada uma divindade menor.

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