terça-feira, 4 de outubro de 2011
DEUSES E DEUSAS ROMANOS
Apolo (Apollo-onis)- uma das divindades da mitologia grega e romana . Era o deus do sol, do pensamento e da meditação. Por ser muito belo, a mitologia atribuiu-lhe aventuras amorosas. Era especialmente venerado em Delfos, onde pronunciava oráculos pela boca de Pítia ou Pitonisa.
Baco (Bacchus-i)- filho bastardo de Júpiter e de Sémele. Esta morreu incendiada, antes de ele nascer, quando Júpiter lhe mostrou todo o seu fulgor; o pai conseguiu salvar o filho, recolhendo-o na sua própria coxa, donde veio à luz. Nasceu em Tebas, na Grécia, mas o pai, para o esconder das vista de Juno, esposa de Júpiter, mandou-o criar por ninfas num vale de delícias chamado Nisa. Ensinou os homens a fabricar vinho e é o inspirador dos excessos de êxtase e violência. Fazia-se acompanhar de um cortejo de Bacantes e usava como bastão uma vara enramada com folhas de parra, cachos de uvas e uma pinha na ponta: o "tirso" .
Era também representado com hastes na cabeça.
Conquistou a Índia e era adorado no Oriente.
Ceres (Ceres-eris)- deusa romana da fertilidade da terra, nomeadamente dos cereais . Era o equivalente da deusa grega Démeter ;era a deusas dos cereais, das searas ,do campo ,da agricultura .
Ceres – a deusa da agricultura
Cupido (Cupido-inis)- o deus romano do amor, considerado filho de Vénus. Era o equivalente ao deus grego Eros. Personificação do amor; tinha a pretensão de ser bonito, o que fazia dele uma personagem ridícula.
Fauno (Faunus-i)- divindade itálica que velava pela fertilidade dos campos e pela fecundidade dos rebanhos. Gostava de perseguir as ninfas . Em honra de Fauno (Pã para os gregos) celebravam-se em Roma as Lupercais . Fauno deu origem aos faunos, ou divindades menores que presidiam aos trabalhos rurais; tinham corpo de homem coberto de pêlos de bode e com patas e chifres do mesmo .
Flora (Flora-ae)- Flora á uma potência da natureza que faz florir as árvores e preside "a tudo que floresce". A lenda pretende que Flora foi introduzida em Roma (tal como Fides) por Tito Tácio, juntamente com as outra divindades sabina. Era honrada quer por populações itálicas não latinas como por latinas. Alguns populações tinham lhe consagrado um mês, Abril do calendário romano.
Ovídio relaciona com o nome de Flora um mito helénico supondo que na realidade ela era uma ninfa grega denominada Clóris. Num dia de Primavera em que Flora errava pelos campos, o deus do vento, Zefiro, viu-_a, apaixonou-se por ela e raptou-a. Desposou-a em seguida, num casamento público.
Zéfiro concedera Flora como recompensa e por amor o reina sobre as flores, não só sobre as dos jardins , também sobre as dos campos cultivados. O mel é considerado como um dos presentes que Flora deu aos homens, tal como as sementes das inumeráveis variedades de flores. Ao narrar esta lenda, de que é talvez o inventor, Ovídio refere explicitamente o rapto de Oríntia por Boreias. Este rapto é, sem dúvida ,o seu modelo, mas acrescenta-lhe um episódio singular ; é Flora quem está na origem do nascimento de Marte. Juno, irritada com o nascimento de Minerva ,saída espontaneamente da cabeça de Júpiter, quis conceber sem o auxílio de um elemento masculino. Dirigiu-se a Flora que lhe deu uma flor cujo simples contacto era suficiente para fecundar um mulher. Foi assim que Juno, sem se unir a Júpiter deu à luz o deus cujo nome é o do primeiro mês da Primavera ,Março.
Celebravam-se em sua honra as floralia, caracterizadas por jogos em que participavam as cortesãs.
Fortuna (Fortuna, ae) – deusa que distribui a felicidade e a desgraça . Mais de que Fors, a Fortuna foi respeitada na religião romana da época clássica. Era identificada com a Tique grega. Era representada com o corno da abundância, (porque é ela que "pilota" a vida dos homens) , umas vezes sentada outras de pé, quase sempre cega. Atribui-se a introdução do culto a Sérvio Túlio, o rei que ,mais do que qualquer outro, foi favorito de Fortuna. Contava-se até que a tinha amado, embora fosse apenas um mortal, e que costumava entrar em sua casa por uma janela pequena. Encontrava-se uma estátua de Sérvio no templo desta deusa.
A deusa Fortuna era invocada sob muitos nomes distintos : Redux (para pedir o regresso de uma viagem), Publica, Huiusce Diei (a fortuna particular do dia seguinte),etc. Sob o império , cada imperador tinha a sua Fortuna.
Jano (Iano-i)- deus romano que tinha duas caras, simbolizando o conhecimento do passado e do futuro. Era o protector de todo o assunto concreto e abstracto: das portas (Janue) das casas, do começo do dia, do mês, do ano, daí que o primeiro mês se chame Janeiro (januarius).
Juno (Iuno-onis)- Era uma deusa romana e estava ligada à Hera grega. Era filha de Saturno e de Reia (rainha do céu, deus da luz) que toma a forma do ciclo da lua. Esta deusa era esposa do seu irmão Júpiter.
Juno representa a mulher e as suas características, tais como o casamento, a gravidez e o parto, protegendo também as que ocupavam altos cargos administrativos e que não era casadas. Juno acaba por arcar todas as características da Juno Caprotina (deusa da fecundidade), da Juno Pronúbia (deusa do casamento) e da Juno Moneta ( boa conselheira). Era celebrada em sua honra a festa das Matronalia, no dia 1 de Março. Esta ocasião simboliza o papel da mulher na sociedade. Juno tinha a função de soberania e de representar a mulher no povo romano.
Júpiter (lupiter-Iouis)- deus supremo do panteão romano (seu equivalente em grego era Zeus), filho de Saturno e Reia, irmão e esposo de Juno; senhor dos deuses e do Universo, era o deus do céu, da luz, do tempo, do Universo, e do trovão.
Protector supremo do estado , reinava em Roma no Capitólio, que lhe era consagrado.
Marte (Mars-tis)- divindade romana, correspondente ao deus grego Ares. Da sua ligação ocasional com Reia, nasceram os gémeos Rómulo e Remo, fundadores de Roma. Era venerado como o deus da Primavera, daí o nome do mês de Março, sendo por isso o protector da natureza e da agricultura, bem como da guerra. Também foi o eterno apaixonado de Vénus.
Mercúrio( Mercurius-i)- divindade romana, equivalente ao grego Hermes. Era filho de Júpiter e de Maia, nasceu em Cilene, monte de Arcádia. Os seus atributos incluem uma bolsa , umas sandálias e um capacete com asas ,uma varinha de condão e o caduceu. Rápido como o pensamento ,levava as mensagens de Júpiter.
É o deus da eloquência , do comércio , dos viajantes e dos ladrões.
Minerva (Minerua-ae)- Minerva é a deusa romana identificada com a Atena helénica, juntamente com Júpiter e Juno constitui a Tríade capitolina. Era a protectora de Roma, e principalmente a defensora dos artesãos e do trabalho manual e às vezes, também dos médicos. Tornou-se também símbolo do conhecimento e da sabedoria, devido a ser identificada com a Atena helénica.
Eram-lhe consagrados, como a Atena, o macho, a coruja e a oliveira, é também apresentada com capacete e armadura. Esta deusa não pertence ás divindades mais antigas do panteão latino. Um dos seus mais antigos templos situava-se no monte Célio, a colina onde se dizia antigamente o incerto etrusco que vinha em ajuda de Romúlo , sob as ordens de Caele Vibenna se fixara. Esse templo tinha o nome de Minerva Capta (Minerva cativa). Talvez tivesse sido construído para hospedar uma Minerva tomada em Falérios, no desenrolar da conquista da cidade pelos romanos. A tradição referia Minerva com uma das divindades postas em Roma por Numa.
Nos Ceuinquátrias, a 19 de Março celebrava-se a festa de Minerva. As escolas nesse dia faziam feriado. No Esquilino, havia uma capela dedicada a Minerva Curadora , onde foram encontrados documentos que provam que o culto permanecia vivo durante o império; não existe qualquer lenda especificamente romana ,onde Minerva intervenha.
Neptuno (Neptunus-i)- Equivalente ao grego Posídon, é o deus romano das águas e dos mares . É filho de Saturno (tempo) e de Reia , irmão de Júpiter e Plutão. Habita um palácio de ouro no fundo do mar. Tem por esposa Salácia, assimiladas ás gregas Anfitrite e Tétis. Representam-no os antigos com um tridente na mão, sobre um coche puxado por cavalos-marinhos; é o deus do mar.
Ninfas (nympha-ae) - Divindades da natureza. As ninfas personificam as forças da natureza, as montanhas, as planícies, as árvores, as fontes e os rios. De acordo com os lugares que habitavam tinham designações próprias: nas águas imperavam as Naiades, as Nereidas e as Oceânides; nas montanhas e grutas as Oréadas, etc. representadas como donzelas seminuas, o seu culto era dos mais difundidos entre os gregos e romanos.
Palas (Pallas-adis)- nasceu da cabeça de Júpiter e vinha armada cabeça aos pés. É uma deusa guerreira. È representada por uma coruja e uma oliveira.
Pandora (Pandora-ae)- Pandora é referida num mito hesíodo como sendo a primeira mulher. Foi criada por Hefesto e por Atena devido a uma ordem de Zeus. Cada deus atribuir-lhe um dom, menos Hermes, que lhe atribuiu a mentira e a astúcia. O objectivo era criar o ser humano mais perfeito à face da Terra.
Epimeteu, seduzido por Pandora, pede-a em casamento, e esta aceita, embora tivesse sido aconselhada de recusar qualquer presente dos deuses.
Na casa onde foi viver ,existia uma jarra fechada, na qual era-lhe proibido tocar. Pandora não resistiu e abriu a jarra e de lá saíram todos os males humanos e espalharam-se por toda a Terra. Quando ela fechou a jarra, só a esperança ficou lá dentro. Além desta versão, ainda há outra que nos diz que na jarra estavam fechados todos os bens humanos e quando aberta, estes perderam-se . Assim Pandora fica responsável por todas as desgraça.
Parcas ( Parcas-ae)- as parcas eram divindades que representavam o poder do destino na religião romana. Eram chamada por antífrase "aquelas que poupam" precisamente porque não poupam ninguém. Têm as mesmas características que as Moiras cegas. São conhecidas como demónios , nelas são distinguidas as três irmãs fiandeiras , que tecem a vida dos homens sem piedade. A primeira representa o nascimento, a segunda representa o casamento e a terceira a morte.
No Fórum e nos guias turísticos encontram-se as três estátuas designadas por "Tria Fata", "Os três destinos" ou "três fadas".
Por estarem ligadas à morte pertencem assim, a todos os tempos, por isso encontramo-las representadas em todas as épocas: Saltati, "As três Parcas", século XVI; Rubbens, "As Parcas fiando o destino da Maria de Médicis", século XVIII .
Em escultura, grupo em mármore de Gremain Pilon, ca .1560, museu de Cluny.
Plutão (Pluto-onis)- Na mitologia grega era denominação ritual e eufemística de Hades. Rei dos infernos e deus dos mortos o termo Plutão deriva de Pluto (riqueza), em razão de a terra ser a fonte as riquezas e o subsolo o guarda dos metais preciosos.
Pomona (Pomona-ae) – deusa dos pomares e dos frutos; O Outono.
Prosérpina (Proserpina-ae)- Prosérpina, é a deusa dos infernos em Roma, o que combina com o seu caracter infernal. Primeiramente foi, uma deusa agrária que defendia a germinação das plantas. O seu culto foi oficialmente implantado juntamente com o de Dis Pater, em 249 a . c. . Em sua honra celebram-se os jogos "Jogos Tarentinos".
"Jogos Tarentinos" é este o nome não porque tenha qualquer relação com a cidade de Tarento, mas sim a partir do nome de um local situado no campo de Marte chamado por Tarentum.
Psique (Psyche-es)- Psique simboliza a "alma" em grego. Esta deusa simboliza o destino da alma humana, dividida entre o amor terrestre e o amor divino.
Psique era filha de um rei tinha duas irmãs. Todas eram possuidoras de uma grande beleza,mas ela, não tinha par. Haviam pessoas que vinham de longe só para a admirar. Psique era tão bela que despertava o ciúme de Vénus. Esta ficou tão irritada por ver os seus altares abandonados, que ordenou ao seu filho Cupido que "a vingasse". Assim ,quando as irmãs já estivessem casadas, Psique ainda continuaria solteira . O seu pai já desesperado ,sem saber com quem casá-la, foi falar com o oráculo de Apolo. E este disse-lhe para vestir a sua filha de trajes nupciais e levá-la ao alto de um monte, que ela esperaria pelo seu marido, um monstro horrendo e cruel.
E assim aconteceu ,foi levada por um doce Zéfiro até ao monte, onde acabou por adormecer. Quando acordou, estava diante de um enorme palácio, no qual entrou, sendo guiada por vozes.
Já de noite , Psique sentiu a presença de seu marido a seu lado. Não o podia ver e se algum dia o tentasse observar, perdê-lo-ia para sempre.
O tempo passava e Psique estava feliz naquele palácio, mas, ao mesmo tempo tinha saudades da sua família. Perguntou ao seu marido se podia convidar as sua irmãs ,ele concordou com a ideia, mas com a condição de nunca poderem ver o seu rosto, mas as sua irmãs ficaram com inveja da sua felicidade, por isso começaram a convencê-la de que o seu marido era um monstro e era por isso que ela nunca o via. Com isto, Psique ficou indecisa com esse comentário, e numa noite, acabou por ver o seu marido, à luz de uma lamparina.
Afinal não era nenhum monstro, era um belo adolescente. Surpresa com a sua descoberta, deixa cair um gota de azeite a ferver, que o acordou, e ele fugiu imediatamente.
A partir daí, Psique começa a andar pelo mau caminho. Abandonada pelo Amor (marido) , perseguida por Vénus, que invejava a sua beleza; nenhuma divindade queria ampará-la. A jovem tanto fugiu que foi apanhada por Vénus; esta aprisionou-a e torturou-a de variadíssimas maneiras; até a fez descer aos infernos.
Aí ela deveria ,a mando de Vénus, pedir a Perséfone um frasco cheio de água da fonte da juventude, mas não deveria abri-lo. Contudo, no caminho de regresso, Psique abriu o frasco e adormeceu num sono profundo. Mas Cupido consegue encontrá-la e acordá-la.
Pouco tempo depois pede a Júpiter que os una através do casamento, ideia com a qual concordou. Vénus e Psique também se reconciliaram.
Assim, o amor de Psique e do Amor (cupido) duraria para todo o sempre.
Vénus (Venus-eris)- É a antiga deusa romana dos jardins e da vegetação, foi identificada com Afrodite grega. Na sua qualidade de mãe do herói Eneias, o fundador mítico do povo romano, foi considerada a antepassada Gens Tulia e a protectora da cidade de Roma.
Vénus possuía um santuário perto de Ardea, construído antes da fundação de Roma.
Vesta (Vesta-ae)- Vesta é a deusa romana do fogo doméstico identificada com a Héstia dos gregos. Ela é a deusa do fogo que brilha no lar, considerado o centro da casa.
Era aí que se dava, primitivamente, os sacrifícios dos deuses protectores.
O seu culto estava dependente do grande Pontíficie, assistido pelas Vestais , sobre as quais exercia uma autoridade paternal. O carácter arcaico de Vesta é confirmado pelo facto de o animal que era crucificado ser o burro. Em meados de junho, nos dias das Vestalia, os burros jovens não trabalhavam, eram-lhe postas coroas de flores. Como explicação para esta singularidade ,foi inventada na lenda que mostrava a deusa, inocente entre todas protegida pelo burro contra uma tentativa amorosa de Priapo. Esta lenda é completamente artificial.
Vulcano (Vulcanus-i)- deus romano do fogo e da forja . Corresponde a Hefesto, o deus grego do fogo e dos fenómenos de vulcanismo. As suas festas, as vulcanais, celebradas em 23 de Agosto, eram em Roma muitos antigas e populares.
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